Duologia: Divinos Rivais – Amor em tempos de guerra, deuses e cartas emocionantes

RESENHAEDITORA ALT2025

Duologia Divinos Rivais – Amor em tempos de guerra, deuses e cartas emocionantes

Divinos Rivais e Promessas Crueis

A duologia escrita por Rebecca Ross começa com Divinos Rivais, apresentando Iris Winnow e Roman Kitt, dois jovens jornalistas que tentam sobreviver – e sentir – em meio à realidade dura de uma guerra entre divindades. O pano de fundo mistura elementos fantásticos com um mundo que lembra o nosso, onde os deuses travam batalhas e os humanos pagam o preço.

A autora desenvolve muito bem o crescimento dos protagonistas, especialmente na forma como eles, aos poucos, se desarmam emocionalmente. As cartas trocadas entre eles trazem não só conexão, mas também algumas das cenas mais bonitas e emotivas do livro. A escrita em inglês (a versão que eu li) é fluida e sensível, com muitos trechos que arrancam suspiros.

Formatos disponíveis e onde ler

Divinos Rivais e Promessas Crueis, publicado no Brasil pela Editora Alt, estão disponiveis em livro de capa comum, capa dura e e-book, tornando a leitura acessível para todos os perfis de leitores. Confira onde adquirir:

Review: Divinos Rivais e Promessas Cruéis

Nota de entretenimento: 4/5 ✨
Nota de literatura: 3/5 😶‍🌫️

Highlights

  • Crescimento dos personagens: Iris e Roman são jovens, mas precisam lidar com temas difíceis como luto, guerra, pobreza e incerteza. O amadurecimento emocional é tratado com delicadeza e profundidade.

  • Narrativa envolvente: A ambientação mistura o real e o fantástico, com descrições que prendem a respiração (como as cenas com as sirenes). Ainda assim, faltam explicações mais sólidas sobre os deuses.

  • Cartas inesquecíveis: O recurso narrativo das cartas é um charme à parte. A conexão entre os protagonistas se constrói aos poucos, de forma genuína.

  • Plot inesperado: Se você não leu a sinopse, prepare-se para boas surpresas, mesmo com algumas pontas soltas.

Considerações COM spoiler

O segundo volume entrega momentos importantes, mas falha em resolver as problemáticas que a própria autora construiu. A mitologia dos deuses, especialmente a relação entre Enva e Dacre, é abordada de forma superficial. Para personagens com tanto impacto na história, o contexto e as motivações são apresentados de forma apressada e pouco convincente.

A resolução da guerra e da cena final de Dacre soam incoerentes, quase como se a autora tivesse corrido para concluir o livro. Momentos cruciais acontecem sem construção adequada: Iris mata um deus sem qualquer treinamento e simplesmente sai andando, sem consequência alguma. Situações com o pai de Roman e o povo reagindo à queda de Dacre também carecem de contexto, deixando a sensação de que o roteiro se perdeu no caminho.

O romance entre Iris e Roman continua forte e entrega bons momentos, mas o desfecho do personagem Forest – e o tom geral do final – parece existir apenas para manter o "equilíbrio trágico", como se a protagonista não pudesse ter um final plenamente feliz enquanto tantos sofreram.

Por que você vai (ou não) amar?

Se você gosta de romances emocionantes em meio ao caos de um cenário de guerra, com uma escrita sensível e personagens que se despem emocionalmente ao longo da trama, Divinos Rivais entrega isso com muita emoção. Mas vá com expectativas moderadas para Promessas Cruéis.

A história tem força no início, com um ritmo instigante e uma troca de cartas memorável, mas perde impacto conforme as decisões da autora deixam conflitos mal resolvidos e explicações apressadas. Ainda assim, é uma leitura que marca pela carga emocional e pela beleza do amor entre os protagonistas – mesmo que a guerra não tenha sido bem contada até o fim.

— A review abaixo pode conter spoiler. Pare aqui se ainda não leu a obra!

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